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Najuá - Rota turística entre Irati e Prudentópolis está sendo elaborada

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Rota terá como pontos principais a Colina da Nossa Senhora das Graças em Irati e o Santuário de Nossa Senhora das Graças, em Prudentópolis/Karin Franco, com reportagem de Paulo Sava

Uma rota turística está sendo organizada ligando os municípios de Irati e Prudentópolis. Chamado de Rota da Medalha Milagrosa, o projeto quer estimular o turismo religioso na região.

A presidente da Agência de Desenvolvimento das Regiões Sul e Centro-Sul do Estado do Paraná (ADECSUL), Estela Mara Rosa, explica que o projeto envolve dois locais principais: a Colina da Nossa Senhora das Graças em Irati e o Santuário de Nossa Senhora das Graças, em Prudentópolis. “Os pontos principais são a imagem e o templo que lembra a Nossa Senhora das Graças, que lembra o fato histórico que nos remete à questão da Medalha Milagrosa. Eu tive a felicidade de visitar o local em Paris [na França] e é todo um histórico. O nosso objetivo é fazer com que a pessoa entenda qual o significado disso, muito mais do que apenas visitar templos religiosos. É um mergulho na própria história que é a Medalha Milagrosa”, afirma Estela.

Além dos pontos turísticos principais, a rota deverá incluir outros atrativos turísticos. “Nós anexamos os pontos principais como a igreja Nossa Senhora da Luz, a igreja São Miguel, a igreja ucraniana Imaculada Coração de Maria e a Casa da Cultura. Definimos que seriam seis pontos em Irati, como sugestão obviamente, e seis pontos em Prudentópolis”, explica a presidente da ADECSUL.

Um dos objetivos para fazer essa divisão é que o turista possa chegar no município, fazer uma rota de passeio e ao mesmo tempo, estimular a economia local. “Seria uma pena o turista chegar e visitar apenas a Colina e seguir adiante. Esse não é o objetivo do programa de regionalização de turismo. A regionalização é agregar mais municípios, mas que o turista permaneça no local, não só para fazer uma imersão na história local, mas para que ele impacte a economia, utilizando restaurantes, comprando artesanato, permanecendo na hotelaria”, relata Estela.

A presidente destaca que a rota poderá incluir futuramente mais pontos turísticos, principalmente após um preparo para receber o turista que visita Irati e Prudentópolis. “Como começa em Irati, e esses são os pontos principais, a pessoa pode pernoitar em Irati, fazer outros mais, desde que estejam aptos à recepção do turista. Nós temos que trabalhar agora firmemente que esse turista não vamos trazer de longe. Ele já está passando pela BR-277. Ele está voltando de Prudentópolis, está voltando de Guarapuava, nós só temos que chamá-lo a entrar. Assim que elas tenham essa capacitação na recepção do turista, outros pontos podem ser agregados”, conta.

O roteiro turístico foi apresentado em uma reunião no fim de agosto na Câmara de Prudentópolis. Na ocasião, autoridades locais e representantes da comunidade religiosa puderam conhecer o projeto desta rota.

Estela destaca que o funcionamento da rota turística depende de três grupos: o setor público, a sociedade civil organizada e a iniciativa privada. Ela explica que o setor público pode ajudar na infraestrutura, como o asfalto na comunidade do Pinho de Baixo em Irati. Segundo a presidente da ADECSUL, ações como a instalação de um outdoor na BR-277 com informações da Colina Nossa Senhora das Graças não podem ser movimentos feito apenas pelo setor público. “É muito bem-vindo quando a prefeitura faz a propaganda, o marketing positivo do seu município para atrair, mas é a operadora de turismo, é a iniciativa privada que vai buscar esse turista. Como está acontecendo em Prudentópolis, de ônibus de turistas trazendo turistas para conhecer. Como está acontecendo agora um roteiro chamado Europa Brasileira que faz pelo Sul do País e vai passar na nossa região, visitando a igreja São Miguel Arcanjo em Mallet e parando em Dorizon também. É a iniciativa privada que faz acontecer esse turismo na base”, explica.

Para Estela, a função da iniciativa privada é vender essa rota turística. “À iniciativa privada cabe vender esse turismo. Vender o pacote. Porque é um dos papeis mais importantes neste tripé porque não adianta a prefeitura fazer a parte dela, a comunidade estar aguardando, se a inciativa privada não trazer o turista. Quem vai trazer esse turista é a inciativa privada”.

Mas além dessa movimentação, é preciso também ouvir e preparar a comunidade para que ela possa receber esse turista. “Você quer receber esse turista? Você está disponível quando ele vem? Essa conversação entre a comunidade e a iniciativa privada que trabalha com o turismo na pratica é que fundamental”, destaca.

Para ajudar a comunidade, vários cursos estão sendo promovidos junto com as empresas parceiras. “Nós temos feito acordos muito bons com o SENAC, com o SENAR e com o SEBRAE. Em dezembro de 2019 já ocorreu o primeiro curso de turismo rural na comunidade do Pinho, já preparando as pessoas para entendimento do que é a sua propriedade, como querem receber o turista, se querem”, explica a presidente da ADECSUL.

Recentemente, a parceria também tem rendido cursos de qualidade no atendimento ao turista. A ação tem sido possível com a união de unidades do SENAC em Irati, Prudentópolis e Guarapuava. “É um curso que é gratuito. Ele nunca foi, mas dentro dessa visão que temos e junto ao Paraná Turismo e a Fecomércio, eles estão dando toda a prioridade em capacitação em cursos gratuitos”, disse.

Outra rota turística que está sendo discutida na região é a chamada rota do equilíbrio, que deve promover o turismo rural na comunidade de Pinho de Baixo, em Irati. Segundo Estela, o desenvolvimento para esta rota iniciou em 2019, mas acabou sendo interrompido por causa da pandemia. Agora, as conversas foram retomadas. “Nós tivemos uma reunião com as pessoas para verificar quais desses equipamentos – quando falamos de equipamentos, são locais, museu, própria Colônia do Equilíbrio – quais deles gostariam de participar”, conta.

Estela explica que ouvir a comunidade é um passo importante no projeto. “Quando você vai trabalhar com comunidade é muito importante ouvir a comunidade. Todos da comunidade. Sendo assim, estamos em processo de ouvir a comunidade, catalogar os pontos que tem interesse em receber turistas. Porque é muito sério quando você coloca um roteiro como esse para venda ou para comercialização. Você precisa da consciência de todos e que estejam disponíveis para receber”, relata.

A iniciativa da rota de turismo rural já foi apresentada junto com a rota religiosa em um fórum estadual de turismo. Na época, grupos de Maringá e Londrina demonstraram interesse de conhecer os locais e um grupo internacional ficou interessado em conhecer mais sobre a rota do equilíbrio. “Acredito que em pouco tempo já possa ser finalizado esse trabalho e levar, depois de todos capacitados, a sua comercialização”, disse.

Estela conta que é preciso planejamento durante a elaboração das rotas já que é preciso trazer segurança ao turista que visitará os espaços. “O turismo de experiência vai viver o que a comunidade vive. Sem muitas figuras outras. Ou teatros outros. É aquilo que a comunidade vive. Ela vai ter uma imersão nessa comunidade. Já o turismo de aventura vai buscar cachoeiras. Isso não impede que um grupo venha visitar a Rota do Equilibro e conheça a cachoeira. Mas você já não pode trazer um grupo da terceira idade, por exemplo, que é um dos que mais estão disponíveis para viajar o ano todo e que percorrem, inclusive, as rotas de turismo religiosos”, explica.