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Pinho de Baixo participa do curso de Turismo Rural oferecido pelo SENAR

A comunidade do Pinho de Baixo recebeu mais um curso do SENAR, em parceria com o município de Irati, por meio da ADECSUL. O curso de “Turismo no Meio Rural e Oportunidade de Negócios” aconteceu nos dias 10, 11 e 12 de fevereiro, com a participação de 10 alunos, sendo que, em razão da pandemia da Covid-19, o número de participantes foi reduzido. O instrutor do SENAR, José Rivaldo, ministrou as aulas na Colônia Dom Inácio de Loyola, localizada no Pinho de Baixo, o espaço foi cedido pela proprietária, Maria Cristina Medeiros Mazza.

A presidente da ADECSUL, Estela Mara Rosa, relatou o crescimento no interesse da população local em adquirir conhecimento, pois se trata de uma formação gratuita e de qualidade. “Este é o quarto curso que o Pinho de Baixo recebe, no primeiro, tivemos dificuldades em fechar a turma, e neste último, que aconteceu agora, havia mais alunos do que vagas. Este fato demonstra o interesse das pessoas em relação ao turismo como opção de geração de emprego e renda para a comunidade”, afirma Estela.

O curso é voltado para a valorização daquilo que os moradores já possuem em suas propriedades, para que passem a ver como oportunidade de negócios.

No primeiro dia a aula foi teórica, com interação dos alunos o tempo todo. Foram explorados diversos pontos, como por exemplo: o que é turismo para você; identificar o que somos e o que temos; ver as mesmas coisas de maneira diferente; as oito formas de ganhar dinheiro por meio do turismo. Todos os pontos foram debatidos e exemplificados de maneira prática, pensando no dia a dia.

No segundo dia os alunos projetaram em maquetes aquilo que cada um tem a oferecer em sua propriedade, e que, com transformações pode se tornar atrativo para os turistas.

No terceiro e último dia de curso os alunos viram na prática tudo o que foi dito e projetado. Cada um mostrou sua propriedade e o que faz, no que trabalha, e qual é seu atrativo que pode ser pensado como um negócio futuramente. Alguns participantes não eram da comunidade do Pinho de Baixo, eram da região urbana de Irati, por isso só visitaram os que moravam lá.

Os visitas iniciaram na casa da dona Rosa, que apresentou sua produção de salgados, a qual possui a marca “Massas quero mais”, além de preservarem a tradição na produção de alimentos como cebola, batata, criação de peixes e galinhas, isso para o consumo da família, mas carregam com eles uma valorosa história de produtores rurais.

Em seguida, os participantes e o professor José Rivaldo foram até a Mercearia ZP do aluno Ednei que com sua família construiu este empreendimento que fornece produtos básicos de alimentação, higiene, entre outras, para a população local. Além de fazer atrativos nos finais de semana.

Luciane apresentou sua casa e a produção de assados, doces e salgados, e os chapéus feitos de buriti, que é árvore cultivada no Pinho de Baixo e suas folhas servem para fazer chapéu de palha. Este produto é feito artesanalmente e vendido nos comércios de Irati.

O Josmar apresentou os artesanatos esculpidos na madeira que ele faz apenas por hobby, faz desenhos no papel e na madeira, o que revela um talento que está guardado, mas pode se tornar uma fonte de renda, assim como as outras produções apresentadas.

Na propriedade de Matilde e sua filha Samara há muitos objetos antigos, que foram apontados pelo professor para comporem um museu, pois são materiais que eram usados na agricultura e que hoje são difíceis de serem encontrados. O filho de Matilde produz mel, apenas para consumo da família e por gostar da apicultura, mas o mel é um dos produtos mais comprados pelos turistas e o professor ressaltou isso para eles.

A equipe visitou, também, a casa da Elita, que apesar de não ter participado deste curso por motivos pessoais, é uma referência na comunidade, conhecida pelo seu artesanato, orquidário, e produção de queijos e geleias. Tudo que ela iniciou foi por paixão e para realização própria, mas hoje, ela passou a vender orquídeas, seus produtos e seu artesanato.

O curso se encerrou na Colônia Dom Inácio de Loyola, com a apresentação da pousada de Maria Cristina, que oferece a hospedagem, alimentação, terapias e contato com a natureza em trilhas e meditações.

Por fim, os alunos relataram que esta formação abriu a mente de cada um, segundo eles, todos os cursos oferecidos pelo SENAR são de qualidade, uns disseram que puderam conhecer mais a própria comunidade, sonham em ter uma rota com a participação de mais pessoas e aprenderam a valorizar mais o que possuem na localidade, além de perceberem que a união de todos pode levar a um progresso mais garantido.

O instrutor do SENAR-PR, José Rivaldo, começou a lecionar no curso de Turismo Rural desde 2005, mas trabalha na atividade turística desde2002 quando iniciou seus projetos na região de Marilena-PR, onde reside.

 “A partir dos projetos despertei para as riquezas que o turismo proporciona, e passei a ver esta área de maneira profissional. Sinto-me realizado com minha profissão. Ocurso de Turismo Rural é desenvolvido em várias regiões do Paraná, com ele muitos roteiros foram formatados e muitas novas oportunidades se abriram. Estamos diante de um mundo agitado e estressado, e nós, enquanto seres humanos, necessitamos de paz, de descanso, de convivência com a natureza, voltar às tradições, e com isso, o Turismo Rural está se desenvolvendo em todo o estado”, disse o professor.

José Rivaldo explica esta formação pode levar as pessoas a melhorarem de renda, desenvolver o turismo é um meio de agregar lucros na família, e gerar empregos, o que traz desenvolvimento regional. “O sentimento de ver as pessoas transformando ou mudando de vida traz uma satisfação de poder contribuir com a sociedade, pois quem faz a diferença são as pessoas. Os cursos trazem uma promoção de conhecimento que leva ao desenvolvimento do homem. Nos sentimos realizados depois de ouvir os depoimentos dos alunos que fizeram ocurso na Rota do Equilíbrio,  saber por meio deles que estes dias de estudo melhoraram o ponto de vista de cada um. Além do fato de que estudar leva a acreditar e entender que temos oportunidades de melhorar sempre”, finaliza o Rivaldo.

Texto: Cibele Bilovus

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